De Esconderijos da Alma a Fontes de Inspiração: Os Museus de Alexander Sokurov

“Ainda bem que a gente só visita os museus na lua-de-mel. Depois, nunca mais!”, desabafa Augusta Malfenti, personagem do romance A Consciência de Zeno, de Italo Svevo. De modo bastante natural, ela acaba por expressar o que muita gente ainda hoje pensa sobre o que acredita ser um mero depósito de velharias. Talvez falte o entendimento de que um museu não é um asilo da arte – ou pelo menos não deveria ser. Dentro dele, a marcha da história desfila diante de olhos hipnotizados e somos transportados a outras épocas e instalados em lugares inteiramente diferentes daqueles em que vivemos.

Entre fantasmas, bruxas e trasnos: o Realismo Mágico na literatura galega

O termo foi cunhado na Alemanha pelo crítico Franz Roh (1890-1965) para se referir à pintura pós-impressionista, mas logo passaria a fazer parte do vocabulário dos escritores, críticos e leitores de outras partes do mundo. Embora não seja um movimento formal, o realismo mágico, realismo fantástico ou ainda realismo maravilhoso, ganhou a largas braçadas grande espaço na literatura mundial nas décadas de 60 e 70, principalmente com o Boom Latino-americano. Um dos fatores fundamentais para que isso ocorresse foi o lançamento do livro Cem Anos de Solidão (1967), de Gabriel García Marques, laureado com o Nobel de Literatura em 1982. Mas falta consenso.

John Ruskin e Paul Valéry entram em um bar: Arquitetura, Música e Memória

Embora muito ainda se discuta sobre suas origens e sobre os diversos conceitos que a envolvem, é muito provável que a arquitetura esteja ligada aos primórdios da humanidade – das cavernas que nos serviram como primeiro abrigo até os prédios imponentes e majestosos que identificam uma cidade. São inúmeras as definições dadas a ela, que podem variar de “uma mistura entre ciência e arte” até simplesmente um “espaço construído”. No meio de tanta discussão, é comum que algumas visões ganhem destaque frente a outras e acabem virando referência.

Ecos no Labirinto

Não tem jeito. O ser humano é fascinado pelo mistério. Faz parte da nossa formação. Cada um de nós, em maior ou menor grau, é atraído a desvendar aquilo que está oculto e escondido — seja a vida privada daquele vizinho suspeito ou o mistério do paradeiro de uma obra de arte desaparecida. É um chamado natural que o historiador da arte Noah Charney chama de “instinto de caça ao tesouro”.

Um Filho Pródigo

Mishima. Não fosse o capricho do destino e as rasteiras que a vida dá, esse teria sido o nome do meu primeiro filho. Os traços orientais viriam da mãe dele, que tem ascendência nipônica. Os olhos puxados, o sorriso enigmático e as expressões marcantes viriam dela, não de mim. Isso se a genética não pregasse a peça de dar a ele minha cabeça grande e meus olhos equestres.

Voando Alto: as lições de Saint-Exupéry para o século 21

Existem autores que usam a escrita para voar, para cortar o céu do impossível em voos de imaginação ousados e desbravadores. Tarefa que por si só é capaz de trazer prazer e satisfação para muitos. No entanto, a sensação abstrata de planar entre nuvens de devaneios e pensamentos não era o suficiente para Antoine de Saint-Exupéry (1900–1944). Muito antes de O Pequeno Príncipe, publicado apenas um ano antes da sua morte, ele já era um escritor de enorme renome e sucesso. O principal tema da sua literatura era a aviação, paixão que não ficou apenas no campo das ideias e que o levou a se tornar piloto profissional e um dos responsáveis pela implantação de rotas de correio aéreo na África, América do Sul e Atlântico Sul.

As catábases do Direito

Nel mezzo del cammin di su vita, Dante Alighieri, o maior poeta italiano, viu-se cercado em uma selva escura e precisou descer aos confins do inferno para poder encontrar-se novamente. Guiado pelo maior poeta latino, entre ladrões, assassinos, perjuradores, enganadores e toda a sorte de pecadores, ele empreendeu uma jornada que marcou para sempre toda a literatura mundial.

Direito e Literatura: máquinas como nós?

Eles estão entre nós já faz um tempo. Seja na forma de assistentes pessoais eletrônicos ou de algoritmos que aprendem nossos gostos e nos oferecem aquilo que somos e aquilo que queremos, os robôs fazem parte da nossa vida cotidiana. E não é só. Passo a passo, estamos caminhando em direção a uma difícil questão: um dia poderemos considerar uma máquina como um de nós?